sábado, 24 de setembro de 2011

Literatura Hispano-Americana: uma visão



  Todos já sabemos que a literatura nos apresenta o reflexo do homem em suas manifestações mais profundas. A alma sempre tenta nos mostrar as consequências de estar no mundo e o escritor, com uma visão mais clara e privilegiada dessas impressões, faz com que essas emoções venham à tona para se socializar com as demais. Interessantemente, as labutas literárias de cunho latino-americano nos remetem, na maioria das vezes, a um entendimento centralizado em sua essência mais ‘primitiva’ e autêntica: a representação de seus povos tanto nos hibridismos de linguagens (espanhol com línguas autóctones, por exemplo) quanto em suas manifestações políticas e, consequentemente - em muitos casos -, repressivas.
  O esboço que faremos aqui vai retratar alguns desses valores que fazem\fizeram eclodir em indivíduos (leitores) entendimentos que - partindo de um determinado aspecto - universalizam-se como um todo que engloba os sentimentos e desejos mais recônditos do espírito humano hispano-americano.
  Quando lemos, por exemplo, a obra As veias abertas da América Latina, do uruguaio Eduardo Galeano, temos impressões históricas bastante claras dos processos que regeram (e ainda regem) a construção política do continente. Uma impressão que nos fomentará a abertura consciente à leitura de outros escritos, como os de Mário Benedetti ou de Mário Vargas Llosa (escritor peruano que recentemente ganhou o prêmio NOBEL de Literatura). Outros nos farão viajar nos pensamentos e realidades compartilhadas em um plano um pouco menor: o da vivência pessoal. Não queremos dizer aqui que o universo do indivíduo é pequeno perante outros, mas apresenta aspectos particulares que, claro, atingirão quem estiver exposto a ele e se abrirá de acordo com a sensibilidade de cada leitor. O romance Paula é um exemplo disso.
  Dos livros históricos, epistolares e românticos - voltando um pouco no tempo - teremos outro que se tornou a epopeia dos gauchos argentinos: Martín Fierro, de José Hernandes. Sua oposição, escrita por Sarmiento (Facundo), só serviu para reafirmar ainda mais a sua enorme credibilidade perante o cenário nacional platino. Fausto, outra obra argentina, escrita por Estanislao Del Campo, baseada em uma peça clássica de Goethe, de mesmo nome, também merece seu mérito. Assim como a poetisa Sor Juana Inês de La Cruz, Júlio Cortázar, Jorge Luis Borges e muitos outros autores que fizeram da Argentina um grande celeiro da cultura sul-americana.
  Enfim, claramente, não citamos todas as obras que se fizeram presentes durante muitas das discussões ocorridas em rodas literárias... Contudo estamos cientes de que, se as fizéssemos, teríamos, com toda a certeza, que dispor de mais tempo e um enorme acervo de materiais críticos (já debatidos por muitos) sobre cada tema e obra em particular. Mas como o presente relato não tem o objetivo de provar (mas, como dito, relatar) o que foi dito, encerramos por aqui com a convicção de que a compreensão e aprofundamento foram feitos da melhor forma possível dentro de nós mesmos e no tempo de cada um. Esse apenas foi o meu Tempo de entendimento e organização. 
    Boa leitura a todos!

2 comentários:

  1. Oi, Dilso. Editei partes de seu texto e fiz alguns reparos. Permaneceram outras questões. Conversaremos qualquer dia desses.
    Abração.

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