quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Pior do que está não fica?

Estivemos, eu e Aninha, durante quase duas semanas em Canasvieiras, no litoral norte de Florianópolis. Por isso o sumiço e a consequente ferrugem no blog. Para os próximos dias, entretanto, preparei vários textos sobre algumas experiências e curiosidades que ocorreram nesse período. Aguardem.

A primeira delas é e não é boa, e não tem relação com férias, viagem ou o lugar. Numa destas noites que voltamos para a pousada depois de horas caminhando, vivendo e comendo (!), liguei a televisão para assistir o noticiário da Globo e fiquei furioso, para não dizer emputecido, com a naturalidade que tem acometido nossos políticos ao revelarem o quão (des)políticos são. Dizia nosso conterrâneo Marco Maia, eleito presidente da Câmara dos Deputados, membro do PT, ou seja, da situação, que a prioridade da Casa era a força política da própria Casa. Em seguida, disparou: "Depois é que iremos nos voltar aos interesses da população". Desliguei a televisão.

Dia desses, contudo, um alívio de onde menos esperava. Duramente questionado sobre sua capacidade de ler e escrever, Tiririca disse: "Não tive mesmo educação de excelência, mas posso, agora, como deputado, ajudar outros a terem". Maravilha, Tiririca. Se foi de você mesmo que partiu esse discurso, ótimo. Foi uma das coisas mais sensatas que ouvi de um político nos últimos tempos. Se foi um assessor que o orientou a expressar essa ideia, só posso recomendar que você o mantenha por perto. Mas, de qualquer forma, acho que Tiririca vai precisar fazer o presidente de sua Casa, e tantos companheiros de profissão, repensarem rigorosamente muitos de seus preceitos. E isso não vai ser fácil.

Tiririca representou uma pequena esperança. As grandes esperanças ultimamente têm sido não mais que utópicas. A maior de todas as pequenas esperanças é, de fato, aquela que o palhaço esboçou à moda de gracejo, mas que é verdadeira: "Pior do que não fica". Talvez.

Cada vez mais é ele que tem toda a razão.




Um comentário:

  1. Oi, foram bem de viagem?...
    Mas, enfim, é impressionante que para se conseguir um emprego mais ou menos com um salário que atenda todas as prioridades de sobrevivência, o cidadão brasileiro tenha que trabalhar tão duro, estudar a sério... para no fim, muitas vezes, não conseguir conquistar nada. Contudo, tudo é bem mais fácil para os politiquiros: não trabalham (entregam panfletos); estudam um pouco, raros são os casos, e são favorecidos pelo sujo e desonesto favorzinho; encerrando, eles ganham sempre, exageradamente, muito mais do que qualquer homem que se dedicou verdadeiramente, sem trapaças, na vida...

    Abraço aos dois. Sucesso!!!

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