O que me resta na vida:
Uma estrada repisada
Que ainda mais fica batida,
Uma vida e uma morte,
Morte e vida Severina.
Nas crinas do pensamento
No fosso a vista perdida
Onde passa o cego norte
Cujo passo são sem rastros
Na miséria rebatida
Das patas do tempo torpe,
Sobre as carroças da morte
Do inferno que nada se perde,
E também nada se ensina,
Na vida que se culmina
Nessa máscara de satura
Que no rosto fica e se enfia
Despedindo a harmonia
Que voa na intra-morte
Que perde na intra-vida
O valor que se consome
Nessas palavras vencidas.
** Ao amigo, professor e poeta Bento Sales...
Dilso, que emoção está aqui também!
ResponderExcluirVocê encontrou palavras com as metáforas certas para compor o poema encomiástico a mim, que me trouxe alegria e orgulho de ter um amigo tão sábio e generoso.
Estou igual ao uma criança mostrando o poema para todo mundo.
Obrigadíssimo, meu grande amigo!
Não me canso de lhe agradecer.
Um forte abraço e ótimo fim de semana para você e sua família!
Bento merece a homenagem. E todos merecem ler seus versos, ricos e vivos.
ResponderExcluirAbraços